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Conheça o Caminho das Artes em Visconde de Mauá

Caminho das Artes Visconde de Mauá

Visconde de Mauá é muito conhecida pelas belezas naturais e ótimas opções gastronômicas. Porém, há muitos outros encantos que você pode conhecer, como o Caminho das Artes. Trata-se de um circuito composto por dezenas de artistas plásticos, escultores e espaços culturais que escolheram sediar suas artes na região. Eles criaram o Caminho como uma forma de localizar e orientar os espaços e ateliês.

A nossa equipe entrevistou um dos artistas do caminho, Bié Hardiman. Confira abaixo como foi nosso bate-papo e conheça um pouco mais sobre esse roteiro:

Bié, conta um pouco sobre o que é o Caminho das Artes?

Bié Hardiman: Há muito tempo atrás, Visconde de Mauá teve um caminho das artes, mas já fazia aproximadamente 10 anos que não acontecia. Voltamos no ano passado. Atualmente são 33 espaços, incluindo um centro cultural. Estamos muito animados!

A gente percebe que vai crescer muito ainda, tem uma qualidade de arte aqui. O Caminho conta com muitos escultores, artistas plásticos, cerâmica, fotografia e também oficinas e turmas de teatro.

Como o fato de estar na montanha e na natureza influencia a experiência de visitar o Caminho das Artes?

Bié Hardiman: O visitante tem outra visão. Ele está em um momento de passeio, escutando o som dos passarinhos, dos riachos, com isso tem experiência fora de sua rotina e do seu dia a dia.

Em uma galeria tradicional existe mais espaço e luz, porém a visita direto no ateliê oferece uma proximidade maior com quem criou a arte, tornando a experiência mais calorosa onde o visitante pode conhecer o laboratório e ver suas ferramentas e materiais.

Imagens: Zé Palma

Bié conta um pouco pra gente um pouco como você se descobriu um artista? Como foi o processo de começar a esculpir em madeira?

Bié Hardiman: Eu sempre gostei de desenhar, mas nunca foi algo especial. Num projeto de intercâmbio do colégio, veio um escultor da Alemanha e nos deu uma oficina. Eu fiz e criei um totem. Continuei em casa fazendo algumas coisas. Ao chegar aos 18 anos, comecei a dedicar tempo direto e focar nisso.

Meu processo de criação tem muita influência da natureza. Sempre trabalhei em parceria com ela. Vou fazer uma exposição agora chamada ‘Seres da Mata’ que vai retratar um pouco como é estar em contato com a mata virgem, estar sempre dentro da floresta e do verde. Seu trabalho é feito a partir de troncos que já não estão com vida. De certa forma é uma arte sustentável e que ressignifica esses materiais. Como é o seu olhar sobre isso?

Bié Hardiman: Meu trabalho é ligado à mata desde a criação até a busca dos recursos. Procuro sempre troncos que tombaram em rios. A madeira ou vai apodrecer ali ou pode ser reaproveitada, e é isso que faço.

A desvantagem é que uma madeira pode ser velha ou ter uma deformação que em um primeiro momento dificulta o trabalho. Mas busco usar isso ao meu favor. Se tiver um buraco, transformo em um rosto. Assim, consigo um equilíbrio entre as minhas criações e a forma original da madeira. O que poderia parecer defeito também pode ser visto como um efeito e através disso a obra pode transmitir uma mensagem.

Bié Hardiman - Caminho das Artes

Foto: Zé Palma

Como o público pode conhecer mais sobre o Caminho das Artes?

Bié Hardiman: Nós temos um catálogo que é distribuído em pousadas e restaurantes. Lá tem o mapa com indicação de cada participante. O visitante pode pedir no local que estiver hospedado.

Pode contar um pouco pra gente sobre projetos futuros?

Bié Hardiman: Em março acontece minha exposição no Centro Cultural, localizado na Aldeia dos Imigrantes em Visconde de Mauá, vai ficar muito legal. É de uma série completamente nova que ainda não foi exposta. A ideia é girar essa exposição por outros lugares, como Resende.

Em Julho vamos fazer o lançamento de um catálogo novo com novas fotos e uma exposição em Visconde de Mauá.

Quem quiser saber mais informações sobre o Caminho das Artes, pode entrar em contato com Marcia Patrocínio, responsável pelo Centro Cultural: maua.centrocultural@gmail.com

Entrevista: Victor Câmara de Mello.

Imagens: Zé Palma

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